Quando o termômetro dispara e o ar parece que vai derreter, a gente sente na pele: cansaço, sede e aquele desconforto que não sai fácil. Esse fenômeno é chamado de onda de calor e tem se tornado mais frequente nos últimos anos. Mas por que isso acontece e como lidar com isso no dia a dia?
A onda de calor nasce quando altas pressões atmosféricas ficam estacionárias sobre uma região, impedindo a formação de nuvens e diminuindo a circulação de ar. O resultado? Sol forte, pouca chuva e temperaturas muito acima da média. No Brasil, estados do Sudeste e Centro‑Oeste costumam sentir esse efeito, mas o ritmo de ocorrência está aumentando até em cidades do Norte.
O corpo humano tem um limite para regular a temperatura. Quando o ar ultrapassa os 35 °C, a capacidade de esfriar a pele diminui. Isso pode levar a desidratação, cãibras, tontura e, nos casos mais graves, insolação ou golpe de calor. Idosos, crianças e quem tem doenças crônicas são os mais vulneráveis.
Para evitar problemas, a recomendação é beber água a cada 15 minutos, usar roupas leves e evitar esforço físico nas primeiras horas da manhã e no final da tarde, quando o sol ainda está forte. Se sentir qualquer sintoma de desmaio, procure sombra imediatamente e procure ajuda médica.
Além da saúde, a onda de calor mexe com o clima urbano. As cidades, com seus prédios e asfalto, já são mais quentes que áreas rurais – o chamado efeito de ilha de calor. Quando a temperatura sobe ainda mais, a demanda por energia elétrica dispara por causa do ar‑condicionado. Isso pode gerar apagões, como o que aconteceu recentemente em São Paulo, quando a energia caiu para mais de 500 mil clientes.
Na agricultura, o calor intenso atrasa o crescimento das culturas e aumenta o risco de incêndios em áreas florestais. Os recursos hídricos também sofrem, já que a evaporação acelera e os reservatórios diminuem, pressionando o abastecimento de água.
Então, como se preparar? Tenha um plano de emergência: mantenha uma reserva de água, carregue um ventilador portátil e acompanhe as previsões do tempo. Em casa, fechando cortinas e desligando aparelhos que produzem calor (como forno e secadora) ajuda a manter a temperatura mais baixa.
Se você mora em um prédio ou apartamento, converse com a administração sobre medidas de ventilação natural e plantio de árvores nas áreas externas. Essas atitudes reduzem a temperatura interna e dão mais conforto para todos.
Por fim, vale lembrar que a onda de calor é um sinal de que o clima está mudando. Pequenas ações, como economizar energia, usar transporte coletivo e apoiar políticas de preservação ambiental, ajudam a mitigar esse cenário a longo prazo.
Ficar atento às notícias sobre temperatura, seguir dicas de prevenção e adaptar a rotina são passos simples que podem salvar vidas e melhorar a qualidade de vida durante os períodos de calor intenso.
Postado por Davi Augusto Ativar 17 fev, 2025 Comentários (0)
A terceira onda de calor de 2025 no Brasil começou em 17 de fevereiro, afetando regiões como Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Com temperaturas até 5°C acima da média, estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo enfrentam altas de até 38°C. A persistência de sistemas de alta pressão e a influência das mudanças climáticas agravam os riscos à saúde e ao ambiente.