Se você ainda não conhece a história de Marielle Franco, vale a pena parar um minuto e entender o que fez dela um símbolo de resistência. Nascida em 1992, ela cresceu no Complexo da Maré, no Rio, e se tornou uma das vozes mais potentes da luta pelos direitos humanos, contra a violência policial e por igualdade racial.
Marielle não era só mais uma política; estudou sociologia, trabalhou como assistente social e se envolveu com projetos comunitários que ajudaram milhares de pessoas a encontrar apoio e oportunidades. Essa experiência de chão, aliada a uma inteligência afiada, fez com que ela conseguisse se eleger vereadora em 2016, representando o Rio de Janeiro no Conselho Municipal.
Antes de entrar na política, Marielle já se destacava como pesquisadora. Seu TCC abordou a violência policial no Rio, tema que viria a ser o centro da sua carreira. Ela fundou o coletivo Maré de Vidas, que oferecia apoio jurídico e psicológico a vítimas de abuso. Quando decidiu concorrer à prefeitura, trouxe consigo a ideia de que a cidade precisa ouvir quem vive nas favelas, não só quem mora nos bairros mais ricos.
Na Câmara Municipal, Marielle propôs projetos para melhorar a segurança nas comunidades, ampliar o acesso à educação e criar políticas de inclusão para negros e mulheres. Cada discurso dela carregava a mesma energia: "Vamos mudar o modelo que nos oprime, mas com respeito e solidariedade".
A morte trágica de Marielle, em 2018, chocou o país e o mundo. Mas, ao invés de silenciar, seu assassinato amplificou a mensagem que ela carregava. Manifestações, hashtags como #MarielleVive e eventos culturais surgiram para manter viva a sua memória.
Hoje, escolas e universidades incluem a história dela em seus currículos, e organizações de direitos humanos usam seu nome para cobrar justiça e reformas nas políticas de segurança. Muitos jovens ativistas citam Marielle como inspiração para entrar na política, abrir ONGs ou simplesmente levantar a voz contra abusos.
Você pode fazer parte desse movimento de várias formas: apoiando projetos sociais no seu bairro, participando de debates sobre segurança pública ou simplesmente espalhando informação correta nas redes. Cada ação, por menor que pareça, ajuda a perpetuar o ideal de justiça que Marielle defendia.
Em resumo, Marielle Franco não morreu; sua luta continua em cada pessoa que acredita em um Brasil mais justo. Ao conhecer sua história, você se conecta a uma corrente de resistência que ainda tem muito a transformar.
Postado por Davi Augusto Ativar 21 jun, 2024 Comentários (0)
Ronnie Lessa, responsável pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes, foi transferido para a Penitenciária I de Tremembé, onde passará 20 dias em isolamento. A decisão foi tomada para aproximá-lo de sua família, apesar das preocupações do governo de São Paulo sobre a capacidade do presídio de gerenciar um prisioneiro de alto risco.