Em meados de fevereiro, o Brasil sentiu o peso de uma forte onda de calor. Temperaturas subiram até cinco graus acima da média, deixando cidades como São Paulo e Mato Grosso do Sul com máximas que chegou a 38°C. Se você ainda não percebeu o quanto isso pode mexer no seu dia a dia, continue lendo: vamos explicar o que aconteceu, por que aconteceu e o que fazer para se proteger.
A causa principal foi um sistema de alta pressão que ficou estacionado sobre a região sul‑sudeste. Esse bloco de ar quente impede a formação de nuvens e bloqueia a entrada de frentes frias. Quando isso acontece, o sol bate direto e o solo devolve calor para a atmosfera, criando um ciclo de aquecimento constante. Além disso, as mudanças climáticas aumentam a frequência e a intensidade desses blocos, então o que antes era raro agora aparece com mais regularidade.
Outro ponto importante: a umidade baixa. Quando o ar está seco, a sensação de calor é ainda mais forte, porque o suor evapora mais rápido, tirando energia do corpo e deixando a pessoa mais cansada. Em algumas áreas do Centro‑Oeste e Nordeste, o índice de umidade chegou a menos de 20%, o que fez a sensação térmica ultrapassar os 45°C.
Primeiro, hidrate-se com frequência. Água, água de coco ou isotônicos ajudam a repor os sais minerais perdidos na transpiração. Evite bebidas alcoólicas ou cafeinadas, pois elas aumentam a desidratação. Se possível, beba pelo menos um litro a cada duas horas quando estiver ao ar livre.
Segundo, procure locais frescos. Sombras, áreas internas com ar‑condicionado ou ventiladores são boas opções. Se não houver ar‑condicionado em casa, abra janelas à noite para deixar entrar ar mais frio e feche-as durante o dia para manter o interior mais fresco.
Terceiro, ajuste a rotina. Adie atividades físicas intensas para o início da manhã ou o final da tarde, quando o sol está menos forte. Use roupas leves, de preferência de algodão, e chapéus ou bonés para proteger a cabeça.
Além das medidas individuais, a comunidade pode ajudar a reduzir o efeito térmico urbano. Plantar árvores nas calçadas, usar telhados verdes e evitar o uso excessivo de veículos são estratégias que baixam a temperatura da cidade como um todo.
Se você notar sinais de exaustão por calor – tontura, náuseas, pele muito quente ou confusão – procure ajuda médica imediatamente. Esses sintomas podem evoluir para choque térmico, que é uma emergência.
Fica a dica: acompanhar as previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) ajuda a se programar. Eles costumam avisar com antecedência quando a pressão alta vai permanecer por vários dias. Assim, dá para se organizar e minimizar os impactos.
Em resumo, a onda de calor de fevereiro foi um alerta de que o clima está mudando e que precisamos adaptar nossos hábitos. Hidrate‑se, busque sombra, ajuste a rotina e fique de olho nas notícias. Assim, você passa pela fase quente com mais segurança e menos desconforto.
Postado por Davi Augusto Ativar 17 fev, 2025 Comentários (0)
A terceira onda de calor de 2025 no Brasil começou em 17 de fevereiro, afetando regiões como Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Com temperaturas até 5°C acima da média, estados como Mato Grosso do Sul e São Paulo enfrentam altas de até 38°C. A persistência de sistemas de alta pressão e a influência das mudanças climáticas agravam os riscos à saúde e ao ambiente.