Morumbi lotado e clima de decisão: expectativa de festa vira pesadelo
Ninguém esperava sair do Morumbi em estado de choque. O Santos vinha de vitória, tinha o estádio lotado, mais de 51.500 torcedores, e uma renda recorde de R$ 5 milhões. Era a maior arrecadação em jogo único nos últimos anos e, para muitos, o maior público desde que o clube deixou a Vila Belmiro temporariamente. A massa santista esperava domínio e mais um passo tranquilo no Campeonato Brasileiro, já que o adversário, Vasco, lutava para sair da zona de rebaixamento.
O técnico Cléber Xavier parecia enfim ter conseguido acalmar o ambiente, após uma vitória importante sobre o Cruzeiro. A sombra do argentino Sampaoli perdeu força e a diretoria mostrava confiança em Xavier, que teve a semana livre para recuperar o grupo. Dos lesionados, só Luan Peres acabou liberado e entrou como esperança para um sistema defensivo mais sólido -- ironicamente, seria uma noite em que a defesa do Santos naufragou como poucas vezes na história.
Vasco desencanta: cinco gols em 22 minutos e uma noite para jamais esquecer
Quando o apito inicial soou, a expectativa era de pressão do Santos. Mas o roteiro virou de cabeça para baixo: o Vasco desabou um caminhão de gols em apenas 22 minutos. A cada ataque vascaíno, a defesa santista parecia paralisada. Jogadores como Tchê Tchê comandaram a festa do time do Rio, que abriu uma goleada que ninguém ousaria prever. Foram cinco gols em sequência, sem resposta, diante de uma torcida atônita, com muitos quase sem acreditar no que assistiam.
Santos virou presa fácil. As vaias começaram muito antes do apito final. O Vasco, embalado e com fome, foi cirúrgico: seis gols e ainda chances perdidas, mostrando uma eficiência que não existia havia tempo no time carioca. Este resultado não só alimentou sonhos de permanência do Vasco na primeira divisão, como pode ser o respiro que faltava para um elenco sob pressão desde o começo do Brasileirão.
- O vexame foi rotulado como "mancha" na história do Santos.
- Muitos pediram responsabilidade e vergonha na cara por parte do elenco santista.
- O clima festivo se transformou em cobranças e incerteza para o restante do campeonato.
Para o Vasco, por outro lado, o 6 a 0 pode funcionar como catalisador: um salto gigantesco na confiança e uma melhora expressiva no saldo de gols, que pode ser determinante em um campeonato tão equilibrado e cruel lá embaixo. O Brasileirão de 2025 ganhou um dos jogos mais surpreendentes da década.
