Se você curte música nordestina, provavelmente já ouviu algum sucesso de Alceu Valença. Nascido em 1946, em São Benedito (Ceará), ele cresceu ouvindo o ritmo do forró, do maracatu e do baião. Essa mistura de sons acabou definindo o estilo dele, que combina tradição e modernidade.
Desde pequeno, Alceu mostrava talento para tocar violão e cantar. Aos 13 anos, já participava de festas locais e, depois de mudar para Brasília, conheceu outros músicos que impulsionaram sua carreira. Foi lá que a gente começou a ouvir as primeiras composições que ainda hoje são referência.
O primeiro álbum solo, “Alceu Valença”, saiu em 1975 e trouxe faixas como “Tu Vens” e “Anunciação”. A partir daí, a discografia só cresceu: “Sete Desejos” (1978), “Cavalo de Fogo” (1981) e “Bigode” (1994) são alguns dos marcos. Cada disco tem um som diferente, mas sempre mantendo a energia do Nordeste.
Os hits “Tropicana”, “La Belle de Jour” e “Sangue Bom” fizeram a gente cantar junto em shows lotados. Alceu também colaborou com artistas como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Zé Ramalho, reforçando sua presença na MPB. Ao longo dos anos, ele fez turnês pelo Brasil e pelo exterior, levando a batucada e a poesia para todo lado.
Além do álbum, Alceu participou de projetos de trilha sonora para novelas e filmes. Uma das trilhas mais lembradas é a de “O Auto da Compadecida”, que trouxe ainda mais visibilidade para o seu som.
Sabia que Alceu tem um hobby inusitado? Ele gosta de colecionar objetos de artesanato nordestino, como rendas e peças de barro. Esse interesse aparece nas capas dos discos, que sempre tem um toque visual do Ceará.
Outro fato curioso: Alceu já escreveu músicas em inglês, mas nunca lançou um álbum completo nessa língua. Ele prefere cantar em português porque sente que o idioma carrega a força da cultura que ele representa.
Hoje, com mais de 50 anos de carreira, Alceu continua ativo. Ele lança vídeos nas redes sociais, faz shows intimistas e ainda grava novas canções. A gente vê que seu legado vai além da música – ele influencia novos artistas que buscam misturar tradição e contemporaneidade.
Se quiser conhecer melhor o trabalho dele, vale a pena ouvir os álbuns “A Luz de Tietê” e “Alceu Valença ao Vivo”. Cada faixa traz uma parte da história do Brasil, contada com a energia única de um artista que nunca para de se reinventar.
Em resumo, Alceu Valença é mais que um cantor: é um guardião da cultura nordestina que transforma ritmos regionais em sucessos nacionais. Seja nos palcos, nas gravações ou nas conversa de bar, o nome dele sempre aparece quando o assunto é música boa e cheia de alma.
Postado por Davi Augusto Ativar 25 jun, 2024 Comentários (0)
O músico brasileiro Alceu Valença se prepara para um show em Campina Grande, Paraíba, sua terra natal. O evento, parte de sua turnê nacional em comemoração aos 50 anos de carreira, promete reunir clássicos e novidades, celebrando a cultura nordestina e sua conexão com o público local. Os ingressos já estão à venda.
