Nomeações e aprovação pelo Congresso
Na última terça-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ao Conselho de Ministros a lista com três nomes para assumir a diretoria da ANA. Os escolhidos foram a advogada Larissa de Oliveira Rêgo, a engenheira Cristiane Collet Battiston e o economista Leonardo Góes Silva. Cada um traz experiência específica: Rêgo já atuou em projetos de saneamento, Battiston tem passagem por órgãos de infraestrutura e Silva trabalhou em políticas de preço da água.
A Comissão de Meio Ambiente (CMA) da Câmara dos Deputados analisou as indicações no dia 12 de maio e deu parecer favorável, permitindo que o presidente oficializasse as nomeações. Em seguida, os nomes foram publicados na Gazeta Oficial da União, o passo final que garante a validade legal das nomeações.
Por que a mudança na "ANA" importa
A Agência Nacional de Águas tem papel central na gestão dos rios, reservatórios e na regulação dos serviços de abastecimento nas mais de 5 mil bacias hidrográficas brasileiras. Com a nova diretoria, o governo sinaliza intenção de acelerar projetos de reuso de água, melhorar o monitoramento de recursos e reforçar a articulação com estados que enfrentam crises hídricas.
Além disso, as nomeações refletem a estratégia da administração Lula de renovar as lideranças nas agências reguladoras. Em setores como energia, telecomunicações e transportes, nomes recorrentes têm sido substituídos por profissionais com histórico de atuação em políticas públicas.
Especialistas apontam que a presença de uma advogada, uma engenheira e um economista na diretoria pode gerar decisões mais equilibradas entre aspectos jurídicos, técnicos e financeiros. A expectativa é que, nos próximos meses, a agência publique planos de ação que contemplem investimentos em infraestruturas resilientes e maior integração com projetos de preservação ambiental.
Enquanto isso, a sociedade civil e organizações ambientais continuam de olho nas próximas deliberações da agência, especialmente no que se refere à outorga de direitos de uso da água e ao combate ao desperdício nos grandes centros urbanos.