Dólar Cai Abaixo de R$ 5,50 Após Medidas de Estímulo na China

Dólar Cai Abaixo de R$ 5,50 Após Medidas de Estímulo na China

Postado por Davi Augusto Ativar 25 set, 2024 Comentários (8)

Introdução às Medidas de Estímulo na China

Na terça-feira, 24 de setembro de 2024, o dólar americano sofreu uma queda significativa de 1,3% e fechou o dia valendo menos de R$ 5,50. Esse movimento no câmbio foi diretamente influenciado por medidas de estímulo econômico anunciadas pela China. Tais medidas são vistas com otimismo por investidores, pois tendem a beneficiar economias emergentes, como o Brasil, que são fortemente dependentes da demanda do gigante asiático, a segunda maior economia do mundo.

Impacto no Mercado Cambial

Movimento do Dólar e Expectativas do Mercado

Durante a manhã do dia 24, precisamente às 9:53, o preço à vista do dólar estava sendo cotado a R$ 5,477 para compra e R$ 5,478 para venda, representando uma queda de 1,02%. No mercado futuro, o contrato com vencimento mais próximo caiu 0,98%, chegando a 5.4885 pontos. Na segunda-feira anterior, o dólar havia tido uma alta de 0,26%, fechando em R$ 5,5352. Esse movimento de queda do dólar ao longo do mês de setembro, acumulando uma retração de 3,10%, reflete uma reação do mercado às mudanças na política econômica e monetária em ambos os lados do Atlântico.

Papel do Banco Central do Brasil

Ações Recentes e Expectativas Futuras

O Banco Central do Brasil (BCB) está planejando realizar um leilão de até 12.000 contratos tradicionais de swap cambial com o objetivo de rolar o vencimento em 1 de novembro de 2024. Isso reflete uma postura ativa do BCB em gerenciar a moeda local em um ambiente de alta volatilidade global. As atas da mais recente reunião de política monetária do BCB, aguardadas pelo mercado, indicaram uma possível agressividade futura nas movimentações do banco. Analistas como Matheus Spiess da Empiricus Research apontam para um tom mais duro, ou 'hawkish', nas próximas decisões.

Influências Internacionais

Influências Internacionais

Diferença entre Taxas de Juros

A força recente do real frente ao dólar pode ser atribuída, em parte, ao aumento previsto no diferencial de taxas de juros entre Brasil e Estados Unidos. Enquanto o BCB caminha para um ciclo de aperto monetário, com uma chance de 91% de um aumento de 50 pontos base na taxa Selic em novembro, o Federal Reserve (FED) dos EUA está numa trajetória contrária, com expectativas de cortes de 25 ou até mesmo 50 pontos base nas taxas de juros no mesmo período.

Perspectivas e Previsões Econômicas

Preocupações com a Inflação

Entre os economistas, há uma preocupação crescente com a inflação. Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master, destacou as dificuldades em controlar a inflação com uma taxa de câmbio desvalorizada e preços altos generalizados. Ele menciona que será um desafio atingir uma inflação abaixo de 4,3% a 4,4%, com riscos potenciais de chegar a 4,5%. Portanto, as medidas de estímulo na China e as políticas monetárias locais e internacionais se entrelaçam, criando um cenário macroeconômico complexo e desafiador.

Conclusão

A queda do dólar abaixo de R$ 5,50 é um reflexo da interação de várias forças econômicas globais e locais. As medidas de estímulo da China geram otimismo para economias emergentes, ao mesmo tempo que as expectativas sobre a política monetária do Banco Central do Brasil e do Federal Reserve moldam o comportamento dos investidores. Em um cenário econômico global em constante mudança, é vital acompanhar de perto essas dinâmicas para entender suas implicações futuras.

Comentários
Ana Paula Santos Oliveira
Ana Paula Santos Oliveira
setembro 26, 2024 10:51

Ah, claro... mais uma ‘medida de estímulo’ da China que vai salvar o mundo. 🤡 Eles compram tudo com dívida, criam bolhas, e quando desaba, a gente aqui no Brasil é que paga com o real. A queda do dólar é ilusão, só um pulo antes da queda real. Ainda vou ver o BCB ‘ajustando’ a Selic enquanto o povo morre de fome. Não acredito em política econômica que começa com ‘a China tá ajudando’.

Josiane Barbosa Macedo
Josiane Barbosa Macedo
setembro 27, 2024 13:43

É, eu fiquei bem feliz com essa queda do dólar, porque isso significa que os produtos importados vão ficar mais baratos... e também que o turismo pode voltar a ser acessível. Acho que o mercado está reagindo de forma saudável às notícias. A China não é perfeita, mas o mundo é interconectado, e isso é bom. 😊

Priscila Aguiar
Priscila Aguiar
setembro 29, 2024 11:29

Eu adoro quando o mundo se conecta assim 🌍✨ A China ajudando o Brasil sem nem precisar falar? Que amor! E o real subindo? Isso é tipo um abraço econômico global 💖 Vamos torcer pra que o povo realmente sinta essa mudança no bolso! 🙏

Dyanna Guedes
Dyanna Guedes
setembro 30, 2024 23:49

Que ótimo! Espero que isso ajude as famílias a comprarem mais coisas sem precisar cortar nada. A gente precisa de um pouco de alívio, sabe? 💕

Bruna Nogueira Nunes
Bruna Nogueira Nunes
outubro 2, 2024 09:46

Só que... será que isso realmente chega pra quem precisa? 🤔 Eu vejo o dólar caindo, mas os preços no mercado ainda sobem... será que estamos olhando só pra parte da história? Talvez o que importa não é o câmbio, mas como a riqueza é distribuída. Acho que precisamos de mais empatia nas políticas, não só em números.

Alinny MsCr
Alinny MsCr
outubro 2, 2024 23:02

Ah, claro, o dólar cai e todo mundo já tá comemorando como se fosse o fim da pobreza... enquanto o BCB prepara um leilão de swap pra esconder a verdadeira dívida? 🤭 A China tá comprando o Brasil com dinheiro sujo, e vocês acreditam nisso? O real não está forte, ele está em uma armadilha de capital especulativo! A inflação vai explodir em novembro, e aí? 🎭💥

Satoshi Nakamoto
Satoshi Nakamoto
outubro 4, 2024 18:41

Você não entende nada. O dólar cai porque o Fed vai cortar juros, e o BCB tá tentando manter a ilusão de que a Selic vai subir. Mas a realidade é que o Brasil não tem reservas, não tem credibilidade, e o ‘estímulo chinês’ é só um paliativo para uma economia que já morreu. Ainda acha que o real está forte? É só um espelho quebrado refletindo o que você quer ver.

william levy
william levy
outubro 5, 2024 02:17

A dinâmica de carry trade está sendo reconfigurada por um delta de juros negativo entre os EUA e BR, acoplado a uma política fiscal expansionista na RPChina que reforça a demanda por commodities. O swap cambial do BCB é um hedge estrutural de cobertura de exposição em moeda estrangeira, e a queda do dólar spot reflete um reassessment de risco país por parte dos FPIs. A inflação persistente é um residual de inércia de preços, não um indicador de falha da política monetária. O real está em equilíbrio dinâmico, não em valorização artificial.

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