Brasil perde para Cuba em jogo dramático pela Liga das Nações de Vôlei Masculino 2025

Brasil perde para Cuba em jogo dramático pela Liga das Nações de Vôlei Masculino 2025

Postado por Carlos Almeida Ativar 16 jun, 2025 Comentários (0)

Brasil sofre derrota tensa diante de Cuba na Liga das Nações de Vôlei

Foi uma noite de voleibol brigado, sufocante e com história: a seleção masculina do Brasil perdeu para a equipe de Cuba por 3 sets a 2 diante de uma plateia inquieta no Maracanãzinho. O placar apertado — 27-25, 26-24, 21-25, 20-25, 13-15 — mostrou um duelo equilibrado e cheio de alternâncias, dignos de um velho clássico internacional que há décadas move paixões.

O início parecia promissor para os donos da casa. O Brasil venceu os dois primeiros sets, apostando numa linha ofensiva afiada comandada por Darlan, Judson e Honorato, com passes precisos e muita potência nos ataques. A torcida, empolgada com a performance, fez a festa e parecia acreditar em mais uma vitória sem grandes sufocos. Só que o roteiro mudou. Os cubanos, liderados por Yant e Lopez, cresceram de rendimento e exploraram as falhas de cobertura e recepção do lado brasileiro.

Os desafios de vídeo marcaram presença e trouxeram pitadas de polêmica. Foram diversas conferências das imagens, o que gerou certa frustração na arquibancada e quebras de ritmo em pontos decisivos. O nervosismo aumentava, tanto em quadra como fora dela, enquanto cada decisão revisada mexia com o emocional dos atletas e dos torcedores.

Renovação, desafios e rivalidade histórica

Logo ficou evidente que a equipe brasileira ainda está em fase de transição, tentando encontrar seu melhor conjunto após a reformulação pós-Olimpíada de Paris. Peças-chave do passado, como Lucão e Leal, continuam fora da disputa, e jovens como Bruninho e Thales buscam consolidar sua posição entre os titulares. O sistema de jogo mostra promessas, mas também escancara as dores típicas de um processo de renovação. Em alguns lances, a falta de entrosamento e experiência pesou contra o Brasil, principalmente nos momentos de pressão máxima no tie-break.

A vitória cubana, construída na raça e no controle emocional no quinto set, reativou memórias dos duelos clássicos dos anos 90, quando Brasil e Cuba se enfrentavam em partidas decisivas, carregadas de rivalidade. Dessa vez, quem sorriu foi a equipe do técnico Tomás Álvarez, que curiosamente havia perdido para a Eslovênia na estreia, mas aproveitou a chance para se reerguer contra os brasileiros. Já o Brasil, apesar do tropeço, arrancou aplausos pelo empenho, especialmente de Darlan, Judson e Adriano.

Até aqui, o time verde-amarelo soma quatro pontos na tabela da Liga das Nações, enquanto Cuba conquista seus dois primeiros pontos no torneio. Há pouco tempo para ajustes: o próximo compromisso brasileiro é já no dia 14 de junho contra a Ucrânia, seguido pela Eslovênia dois dias depois. A missão agora é clara: recuperar a confiança, corrigir as falhas e mostrar que a renovação pode sim render resultado quando o jogo aperta de verdade.